O ministro da saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad, provocou polêmica e irritou a comunidade gay e os ativistas dos direitos dos homossexuais com seus recentes comentários numa conferência de HIV/AIDS em Nova Deli. Azad foi amplamente citado nos meios de comunicação nacionais einternacionais ao ter se referido à homossexualidade como “anormal” e uma “doença” que veio do Ocidente e infelizmente está se espalhando rápido pelo país.
O consequente alvoroço logo forçou o ministro a lançar um esclarecimento em relação aos comentários. Ele culpou a mídia [en] por tê-lo citado errado e declarou que estava se referindo ao HIV como uma doença e não fazendo julgamento sobre orientação ou preferência sexual.

A secretária de saúde e serviços humanos dos Estados Unidos e o ministro indiano da saúde e bem-estar familiar, Ghulam Nabi Azad. Imagem feita pela Embaixada de Nova Deli (CC BY-ND 2.0)
Apesar do esclarecimento de Azad (que muitos não engoliram), seus polêmicos comentários iniciais logo se tornaram virais e geraram muito burburinho, não apenas dentro do país, mas também internacionalmente. Alguns chegaram até a fazer comparações entre a controversa teoria relacionada à AIDS proposta pelo ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki em 2000.
Michel Sidibé, diretor executivo da UNAIDS, estava presente quando Azad fez os comentários. A UNAIDS prontamente lançou uma declaração à imprensa, divulgando sua posição na questão da homossexualidade e condenando a homofobia como ‘preconceito'. Ao dizer que aqueles comentários não estão alinhados à política do país, Sidibé observou:
India’s rich tradition of inclusivity and social justice must include men who have sex with men and transgender people
A rica tradição indiana de inclusão e justiça social deve incluir homens que fazem sexo com homens e transgêneros
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