terça-feira, 30 de agosto de 2011


Brasil tem maior parada gay, mas lidera em violência contra homossexuais



"Segundo o antropólogo Luiz Mott, fundador da mais antiga associação de defesa dos direitos humanos dos homossexuais no Brasil – o Grupo Gay da Bahia (GGB) – e um dos mais respeitados ativistas gays brasileiros, o Brasil é um país contraditório no que se refere à questão dos gays, lésbicas e transgêneros.

"Ao mesmo tempo que temos um lado cor-de-rosa, representado pela maior parada gay do mundo, que se realiza em São Paulo com mais de 3 milhões de pessoas, e temos mais de 200 grupos gays funcionando no país, temos um lado vermelho-sangue representado pelos assassinatos, pelas agressões contra os homossexuais no país", afirma.

Segundo relatório do Grupo Gay da Bahia, 260 homossexuais e travestis foram assassinados no ano passado em todo o país. O Brasil é assim o país com maior número de assassinatos de gays, lésbicas e travestis. Segundo o relatório do GGB, um homossexual é morto a cada 36 horas e esse tipo de crime aumentou 113% nos últimos cinco anos. Este ano, até o momento, foram registrados 144 mortes de gays, lésbicas e travestis, disse Mott à Deutsche Welle.

Além do maior índice mundial de assassinatos de gays, lésbicas e travestis, acontecimentos recentes envolvendo a situação do grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros) no Brasil podem levar a crer que uma onda de homofobia se instalou recentemente no país."


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